A definição dos desafios do Hackamericas ocorreu em duas reuniões técnicas prévias, uma no Mobilab, laboratório de mobilidade da Prefeitura de São Paulo, e outra na sede da EMTU, no centro da capital paulista. Foram identificados 25 desafios distribuídos em sete eixos a serem descritos a seguir. Ao final, foram mais de 12 horas em oficinas de Design Thinking, reuniões, bate-papos e muitas sugestões; mais de 50 técnicos e especialistas engajados no fazer diferente e no aprender.
A. Mobilidade como um Serviço
- Como evoluir para um sistema de pagamento (bilhetagem) integrado (entre modais, padronização, redução de custo e novas tecnologias)?
- Como oferecer uma experiência de navegação que atraia mais pessoas para o transporte público (única, intermodais, integrada, customizada, confiável, precisa e afetiva)?
- Como garantir a integração “suave” (seamless - sem atritos entre os modais, transparentes) entre os modais de transporte público, ativos e individuais?
B. Comunicação
- Como oferecer (acesso, conectividade) comunicação segura e sustentável para o passageiro nos deslocamentos (entre terminais, em áreas de sombra na transição da superfície para subterrâneo ou em área distantes)?
- Como dar acesso à informação integrada dos diversos modais em tempo real e de forma automatizada (para os passageiros, meios de comunicação, outras plataformas de comunicação, outros modais, cidade)?
- Como melhorar os canais de diálogo com passageiro (customizado, significativo, localizado, pessoal, auditável e integrado e rastreável)?
C. Gestão
- Como melhorar os indicadores de desempenho (acompanhamento, produção, visualização, gestão, gatilhos, comunicação, distribuição)?
- Como melhorar e integrar a avaliação dos serviços de transportes (motorista, experiência, limpeza, calçada, bicicletário, tempo, informação, plataformas de comunicação, suporte de comunicação)?
- Como utilizar Big Data (grandes volumes de dados) para planejamento urbano (OD-Origem e Destino, embarque e desembarque, falhas, uso do espaço urbano, infraestrutura instalada, redução de custo baixo, ampliação da frequência, mais dados, integração de dados)?
- Como tornar a cidade mais resiliente em termos de mobilidade?
- Como otimizar a infraestrutura de transportes além dos horários de picos?
D. Mobilidade Ativa
- Como tornar a cidade mais acessível para todos (rampas, calçadas, segurança, buraco nas ruas)?
- Como tornar o transporte ativo mais atrativo e inclusivo para idosos e pessoas com baixa mobilidade?
- Como melhorar a experiência com bicicletas (bicicletário, banheiro, armário, ciclovia, contadores, semáforos, skates, patins, patinetes, etc.....)
- Como melhorar a coleta automatizada de dados sobre o deslocamento ativo, infraestrutura existente e necessidades?
E. Segurança
- Como reduzir e/ou prevenir ambulantes, vandalismo, assédio, furto, roubos, desrespeito aos idosos e preconceitos?
- Como monitorar/evitar possíveis suicidas?
- Como facilitar a identificação do cidadão?
- Como reduzir o índice de atropelamentos (portas automatizadas, sistemas de aviso de algo na rua/via, sinalização de corredores)?
- Como aumentar a segurança dos modos de transportes mais vulneráveis (bicicletas, patinetes, pedestres)?
F. Sustentabilidade
- Como incentivar o uso de veículos com motor elétrico (baterias sem catenárias, padronização das baterias, tempo de carga, plugs e locais de carregamento)?Como ampliar e diversificar o uso de combustíveis renováveis?
- Como priorizar e tornar mais atrativo o transporte ativo / coletivo no processo de decisão do deslocamento?
G. Disrupção
- O não deslocamento (trabalho, compras, diversão)
- Novos modelos de organizações de cidades (seguras, sustentáveis, baseadas em novas tecnologias)
- Novos usuários (e hábitos) para a cidade (seguras, sustentáveis, baseadas em novas tecnologias)?