Ônibus a Hidrogênio
O Ônibus Brasileiro a Hidrogênio foi um projeto de grande impacto ambiental positivo, uma vez que ele não emite poluentes - o único resíduo de seu escapamento é o vapor d'água.
Tratou-se de um grande avanço ambiental e tecnológico. Só na Região Metropolitana de São Paulo, a frota de ônibus é a maior do mundo, composta em grande parte por veículos a diesel, responsáveis por até 90% das emissões de poluentes na atmosfera.
Lançado em novembro de 2006, o "Projeto Ônibus Brasileiro a Hidrogênio" consistiu na aquisição, operação e manutenção de até quatro ônibus com célula a combustível a hidrogênio.
Contemplou ainda a instalação de uma estação de produção de hidrogênio por eletrólise a partir da água e abastecimento dos ônibus, além do acompanhamento e verificação do desempenho desses veículos, que foram utilizados no Corredor Metropolitano ABD (São Mateus - Jabaquara), no ABC paulista.
Em 2009 iniciaram-se os testes operacionais e em dezembro de 2010 o ônibus protótipo passou a ser testado com passageiros no Corredor Metropolitano ABD (São Mateus - Jabaquara) .Veja a cronologia do projeto.
A EMTU/SP foi a coordenadora nacional do projeto, que teve direção do Ministério das Minas e Energia (MME) e contou com recursos do Global Environment Facility (GEF), aplicados por meio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O valor total do projeto foi de cerca de US$ 16 milhões.
O projeto e a fabricação do ônibus foram desenvolvidos por um consórcio formado por oito conceituadas empresas, nacionais e internacionais, coordenado pela EMTU/SP.
Ao priorizar a aquisição e repasse de conhecimento tecnológico para uma produção nacional desse veículo, conseguiu-se um custo muito reduzido e competitivo em termos de mercado. Integraram o consórcio: AES Eletropaulo, Ballard Power Systems, Epri, Hydrogenics, Marcopolo, Nucellsys, Petrobras Distribuidora e Tuttotrasporti.
Potencial
O "Projeto Ônibus Brasileiro a Hidrogênio" colocou o país em uma posição de destaque mundial, pois apenas quatro empresas tinham a capacidade de produzir ônibus com a tecnologia do hidrogênio no mundo, incluindo o consórcio do ônibus deste Projeto.
Suas características fizeram da iniciativa brasileira um caso singular em todo o mundo, pois:
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Reuniu-se o que havia de melhor e mais avançado na tecnologia do uso de hidrogênio no planeta. A tecnologia transferida firmaria as bases para sua disseminação no país para transformar o Brasil em um exportador de ônibus a hidrogênio;
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O Brasil é o maior fabricante mundial de chassi e carrocerias, portanto dominar essa tecnologia significaria abrir um novo e promissor mercado;
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O veículo foi o mais barato entre os países que o adotaram;
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O ônibus brasileiro trouxe uma novidade mundial: ser híbrido, ou seja, funcionava com células a combustível de hidrogênio e baterias recarregáveis, com recuperação de energia (como os carros atuais da Fórmula 1);
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Estação própria de produção e abastecimento de hidrogênio;
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Capacidade para carregar igual número de passageiros que os seus similares, com desempenho igual ou superior.